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Teatro

Em Portugal, como ator, trabalhou com diversos encenadores, entre os quais quais destaca Ricardo Pais ( Hamlet ), Luís Castro ( Portucalidades , Titus e Fanga) e Nuno Carinhas ( Beiras ). No Reino Unido colaborou com as encenadoras Sandra Maturana (D. Quixote) e Melina Theo (Socrates in a Cloud ).

Encenou, entre outras peças, Emma , no Teatro do Calafrio e A Disputa com os alunos do 2º ano teatro do Balleteatro Escola Profissional .

Como sonoplasta trabalhou com diversos encenadores tais como Américo Rodrigues, José Neves, João Reis, Daniel Martinho, Silvia Pinto Ferreira e Sandra Maturana.

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Fanga 
interpretação e sonoplastia
KARNART / Teatro Nacional S. João 2024

“Para vocês, fangueiros dos campos da Golegã, escrevi este livro. Que algum dia o possam ler e retificar – porque o romance da vossa vida só vocês o saberão escrever.” Esta é a dedicatória que Alves Redol confiou aos leitores nas primeiras páginas de Fanga (1943), um dos grandes romances do neorrealismo português. A Karnart retoma este livro em aberto e imprime-lhe a sua própria leitura e “retificações”, cruzando a narrativa de Redol sobre violência, exploração, assédio e pobreza, com as gravuras que Manuel Ribeiro de Pavia fez para ilustrar a edição de 1948. O espetáculo é mais uma criação da Karnart concebida segundo o conceito de perfinst, neologismo inventado pela companhia para definir os seus objetos artísticos multidisciplinares, que exploram o cruzamento entre PERFormance (artes performativas, em sentido amplo) e INSTalação (artes plásticas e digitais).

 

autoria texto Alves Redol

autoria gravuras Manuel Ribeiro de Pavia

conceito, direcção, instalação e narração Luís Castro

assessoria artística Vel Z

assessoria dramatúrgica e narração Inês Vaz

 

interpretação

Paula Só

Inês Vaz

Valentina Parravicini

Nuno Veiga

Daniel Moutinho

 

sonoplastia Nuno Veiga

operação de som André Sobral

confecção de figurinos Davi Rodrigues

fotografia TNSJ/TUNA

Para pôr um fim à lucidez 
encenação e sonoplastia  
Inestética, Palácio do Sobralinho, Vila Franca de Xira 2023

Partindo dos textos e pensamento de Antonin Artaud, sobretudo as suas ideias sobre religião, corpo e pecado, este projeto desenvolve uma reflexão sobre aquelas que foram as dicotomias em Artaud ao longo do seu trabalho artístico, mas também a sua postura na vida.
Artaud experienciou fases absolutamente terríveis, em particular o longo internamento e consequentes choques elétricos, não esquecendo a forma como era incompreendido, levando-o a desistir do teatro por não conseguir transmitir a sua visão mística. No entanto, a lucidez que envolve Artaud é fascinante e sem dúvida um corpus de trabalho instigante.
Este projeto parte de todas estas premissas, vida, obra e pensamento, criando um objeto artístico multidisciplinar. Em cena uma atriz, uma bailarina e um músico: pensamento, corpo e voz de Antonin Artaud.

 

direção artística Nuno Veiga e Ricardo Cabaça 
texto Ricardo Cabaça
interpretação Dora Bernardo e Marta Jardim
sonoplastia Nuno Veiga

Emma a partir de "O Teatro de Emma Santos" 
encenação  
Teatro Municipal da Guarda, Guarda 2022

Emma Santos publica vários livros onde descreve os dez anos de depressão, passados entre hospitais psiquiátricos e a solidão da vida no exterior. Sendo forçada a tomar fármacos psiquiátricos, usa a escrita como forma de resistência, contrariando o esquecimento e a alienação. Escreve a dor do corpo. Escreve a dor da alma. Escreve a revolta de não ser amada e sobre a impossibilidade de ter um filho… Emma reconta-nos essa história, entre realidade e a ficção, entre sorrisos e desalentos.

 

encenação Nuno Veiga

interpretação Dora Bernardo

sonoplastia e vídeo Nuno Veiga

música: Tomás Almeida e Nuno Veiga

desenho de Luz Tiago Pedro

cenografia e figurinos Marta Pedroso

produção executiva: Alexandre Costa

produção: Teatro do Calafrio

co produção: Teatro Municipal da Guarda/CMG

Geometrias do Inelidível
encenação  
Projeto DME, Casa da Cultura de Seia 2022 

Geometrias do Inelidível é um espectáculo multidisciplinar que envolve Música, Dança, Vídeo e Poesia sob a orientação cénica de Nuno Veiga. Concebido pelo compositor Jaime Reis, o espectáculo parte da teia conceptual da sua obra “Sangue Inverso - Inverso Sangue”, para flauta, clarinete, piano, violino, viola, violoncelo e performer.

 

Ficha Artística

Jaime Reis - Música e Concepção

Nuno Veiga - Encenação

Ensemble DME - Interpretação Musical com Alex Waite (Piano), Ana Monteverde (Viola), Ângela Carneiro (Violoncelo), Beatriz Costa (Violino), Carlos Silva (Clarinete) e Marina Camponês (Flauta)

Pedro Pinto Figueiredo - Direcção Musical

Miguel Mesquita da Cunha - Texto

Joana Manuel & Yola Pinto - Interpretação 

Brigitte Schùermans - Vídeo

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Tratado da Invenção das Coisas
sonoplastia  
Karnart, Lisboa 2022 

Tratado da Invenção das Coisas é a invenção de coisas na minha pele através de tatuagens. Quando dizemos coisas podemos estar a referir-nos a muita coisa. As coisas são de alguma forma inomináveis, indefinidas, sem ser por esse aglomerado genérico de serem coisas (objectos, contos, ideias, matérias, imagens, projectos adiados, pensamentos, etc.). O Tratado da Invenção das Coisas é essa acumulação de pequenas narrativas tatuadas no meu corpo à medida em que fui me inventando e compreendendo.
Interessava-me o acto de inventar, inventar o meu corpo percebendo nele o que é a História Tatuagem, a minha autobiografia e a natureza das coisas, pressupondo que o que existe tinha uma natureza anterior à nossa invenção delas (pessoal e global).
Estranha invenção, esta, feita de dor.
A invenção de mim próprio, feita com agulhas e tinta.
Não existiria este corpo se não fossem estas feridas que inventei. Este corpo tatuado com os meus afectos e afectações, reais e ficcionais.
Pensava, enquanto era tatuado, que esta inscrição no meu corpo era uma forma de compreensão de mim próprio e da minha vida, mas simultaneamente uma leitura do mundo.
Posso reclamar um significado simbólico pelas imagens na minha pele, mas não estou seguro que me caiba a mim decidir.  Eu não diria que sou dono das minhas tatuagens; elas estão simultaneamente em mim e para além de mim, como imagens, com histórias e conotações que o meu corpo não pode inteiramente definir.
Tratado da Invenção das Coisas é uma performance que vem dessa experiência do corpo. Tratado da Invenção das Coisas é essa invenção de uma vida, enquanto construção de um cenário, uma enciclopédia viva do meu entendimento das coisas. -Daniel Moutinho

 

criação, direcção, texto e interpretação: Daniel Moutinho
apoio à dramaturgia: Lara Mesquita
vídeo: Vera Bibi
cenografia: Carla Martinez
assistente de cenografia: Isabelle Ivone Denken
ambiente sonoro: Nuno Veiga
desenho de luz: Carlos Ramos
produção executiva: Cláudia Teixeira
tatuagens por: Binho Onze, Bruna Prazeres, Mirna Garcia, Sofia Nabais, Molin
residência de criação: Trust Collective; Companhia Casa Cheia Parceria: Karnart
apoio: Direcção Geral das Artes | Ministério da Cultura, Fundação GDA, Self-Mistake
uma produção: Parrotrecord - associação cultural

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A Hora de Visita
sonoplastia  
Teatro da Trindade, Lisboa 2021 

Um espetáculo sobre o reencontro entre uma filha e um pai, que estão desavindos há anos. Ele é um famoso artista plástico, que pôs sempre o seu trabalho à frente da sua relação com ela e com o resto da família. Ela é uma comediante de stand up, que usa o humor, quase como terapia, para lidar com o trauma de ter sido abandonada pelo pai. Ele está num quarto de hospital, onde foi internado com um cancro terminal. Ela decide ir despedir-se e não deixar nada por dizer.

A peça é passada nestes breves encontros e desencontros, que se dão durante o horário de visita, e explora temas como a morte, a redenção, a família, a arte, o humorismo e as refeições de hospital.

de Pedro Goulão

encenação João Reis

com Mafalda Lencastre e Pedro Lacerda

espaço cénico Daniela Cardante*

figurinos Miss Suzie

desenho de luz Manuel Abrantes

sonoplastia Nuno Veiga

figuração Nuno Pereira

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Como Matar o seu Vizinho
concepção e interpretação   
Teatro Viriato, Viseu 2020 

Já teve ou está a ter problemas com algum vizinho e quer ver-se livre dele quando a vida voltar ao normal? 

O Consultório Como matar o seu vizinho oferece-lhe um serviço personalizado de consultadoria para matar esse vizinho mais indesejado. Não julgamos razões, apresentamos soluções de como levar a cabo o crime perfeito. Poderá apresentar o seu caso a um experiente serial killer que o guiará por todo o processo, desde o planeamento à execução e ocultação de cadáver. 

concepção e interpretação Nuno Veiga

Assistente dos consultórios Dona Celeste Aurora

O Consultório é um festival telefónico do Teatro Viriato onde Patrícia Portela convida artistas, pensadores e autores vários para o palco telefónico do Teatro Viriato.

O Cultivo de flores de plástico
sonoplastia  
Teatro do Calafrio / Reatro Municipal da Guarda 2018 

"O cultivo de flores de plástico" de Afonso Cruz pelo Teatro do Calafrio.
Encenação de Américo Rodrigues e interpretação de Valdemar Santos, João Paulo Patrício, Ana Dinis e Ana Couto.

"No fundo é isso. Ninguém nos vê. Somos invisíveis. A miséria é uma poção de invisibilidade. Quando as roupas ficam rotas, quando estendemos uma mão, puf, desaparecemos. Somos as pombas dos ilusionistas. Isto dava para um negócio, dava para ganhar a vida com os turistas. Levava-os a ver fantasmas numa cidade assombrada. Levava-os a verem-nos. Olhem, damas e cavalheiros, meninos e meninas, esta é a Lili, tem saudades de ser criança, tem no nariz o cheiro do tabaco dos dedos do pai e crostas nos braços, por aqui, por favor, cuidado com os pés, não pisem as camas, parecem cartões, eu sei, ali ao canto está o couraçado Korzhev, que se deixou ficar, com os ícones na lapela, sigam-me, é um deserto meio russo e traz o barulho do mar nos bolsos, atenção, cavalheiro, saia de cima do cobertor, vejam, ali, ali ao fundo, uma genuína senhora de fato, que ainda há poucos meses andava a alcatifar o mundo, minhas senhoras e meus senhores, e ainda tem na voz restos da sua vida anterior, do tempo em que havia casas. Palmas, por favor. E eu? Eu sou o Jorge, também invisível como qualquer fantasma, vivo nas ruas. Obrigado, obrigado, e agora, se me permitem, vou comer a minha sopa que está a arrefecer há tantos anos".

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A Disputa
encenação  
Balleteatro Escola Profissional, Porto 2008 

A partir do texto de Marivaux- Quem é mais infiel no amor, O homem ou a mulher? Projecto de interpretação com o 2º ano teatro do Balleteatro Escola Profissional.

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Dezanove
encenação e interprertação  
Clube Estefânia, Lisboa 2009 

"Um homem e uma mulher, fechados numa sala, divagam, brincam, fantasiam... à volta de raptos e homicídios, de mentiras e verdades, de culpados e inocentes. Quem serão? O que planeiam? Ele o raptor, ela a vítima, ela o raptor, ele a vítima? Entre a fantasia e a realidade, jogam o jogo da vida e da morte. Será que alguém vai ganhar?"

 

Uma Co-produção Cena de Eventos / Qatrelcolectivo

 

encenação e interpretação Dora Bernardo e Nuno Veiga

figurinos de Rosa Bernardo

desenho de luz  João Almeida

som e video Nuno Veiga

Bestas Bestiais
sonoplastia  
Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa 2007 

Num velho armazém à beira-rio, seis personagens partilham a arena, um ringue de boxe convertido numa pista de dança. Bruce, Sabina, Jorgina e Céu dançam há 27 dias, num concurso-maratona que é um labirinto de exaustão. Comandados pelo mestre-de-cerimónias do show, o Dj Bigbang, qual filósofo indolente que tenta quebrar os concorrentes com os seus juízos ácidos, cada concorrente, enquanto dança, partilha a sua história, os segredos mais íntimos e ocultos, enquanto tenta eliminar o adversário. Observados permanentemente pelo público e por um enorme "Olho de Vidro” que assiste a este desfile de misérias humanas, para os concorrentes vale tudo para ganhar um prémio-mistério, menos tocar com um joelho no chão e parar. Até onde somos comandados pela televisão, pelos reality shows, pelas telenovelas? Como se consegue (sobre)viver num lugar onde todos nos vêem? "B.B. Bestas Bestiais” é uma excelente metáfora da sociedade actual, obcecada com o mediatismo, onde se fala de fé, amor, mentira, solidão, morte. Nesse ‘circo’, cada um desperta o seu lado mais bestial, numa libertação que é também uma revolução individual. Mas será esta maratona uma passagem para o mundo dos afectos ou o pretexto para a libertação dos instintos mais violentos?

encenação José Neves

interpretação  Dora Bernard, Patrícia Bull, Carlos Gomes, Adriano Luz, Daniel Martinho e João Reis
instalação cenográfica Dora Longo Bahia
desenho de luz Jorge Ribeiro
desenho de som Fernando Abrantes
concepção sonora Nuno Veiga
produção (klassikus) Manuela Jorge
figurinos Dino Alves, Ana Vaz, Margarida Alfacinha, Rosa Bernardo, António Gracias e Nuno Blue

 

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Beiras
interpretação  
Teatro Nacional S. João, Porto 2007 

Uma companhia ambulante chega ao teatro, abre as arcas e vai tirando a seu bel-prazer aquilo que melhor serve as excêntricas – ora “fantesiosas”, ora “sabidas” – personagens de um irresistível tríptico beirão de Gil Vicente. Assim se pode definir o conceito que Nuno Carinhas, em mais um engenhoso exercício de teatro dentro do teatro, criou para Beiras, leitura encenada que o TNSJ apresentou em Março passado e que, nas palavras do encenador, continha já “os esquissos e desenhos preparatórios para a concretização de um espectáculo”. A entusiástica adesão do público – nomeadamente o escolar – forneceu o impulso adicional para que Beiras conquistasse agora maior definição e a totalidade do palco do TNSJ. Para além de resgatar o comum “sabor regional” – os três autos remetem para a geografia humana das Beiras –, a extrovertida incursão que Nuno Carinhas empreende pela interioridade beirã explora em particular o tópico dos amores desencontrados e da demanda dos desejos, dando Gil Vicente “a ver e a ouvir, expondo o seu próprio corpo feito texto” (Osório Mateus). 

 

A Farsa de Inês Pereira + A Farsa do Juiz da Beira + Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela de Gil Vicente

direcção Nuno Carinhas

música António Sérgio

desenho de luz Rui Simão

interpretação Alberto Magassela, Alexandra Gabriel, Ana Ferreira, Fernando Moreira, João Castro, Jorge Mota, Lígia Roque, Mário Santos, Marta Freitas, Nuno Veiga, Paulo Freixinho e Pedro Frias

produção TNSJ

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Titus
interpretação  
Karnart, Lisboa 2003 

Proposta apresentada à Karnart via Luís Castro num ano em que em Portugal foram apresentadas mais duas versões desta sanguinária peça de William Shakespeare. Sujeita a um longo processo de produção dadas questões relacionadas com o financiamento estatal, TITUS desenrolava-se em conceito de site-specific no espaço que a KARNART ocupou entre 2001 e 2009, as desactivadas instalações da secção de Anatomia da Faculdade de Medicina Veterinária, em Lisboa.

texto William Shakespeare

projecto e tradução João Vaz

direcção de produção Luís Castro

dramaturgia Luís Castro, Virgílio Almeida

direcção de actores Luís Castro

interpretação Joana Barbosa, Luís Castro, José Neves, Yola Pinto, João Vaz, Pedro David, Nuno Veiga

assistência de direcção Dora Bernardo

apoio vocal Maria do Rosário Coelho

apoio ao movimento Miguel Pereira

caracterização dos actores Vel Z

figurinos Fernanda Ramos

colunas em cena João Cutileiro

música João Paulo Esteves da Silva, Razguzz, Paulo Curado

sonoplastia Razguzz

montagem e operação de som Ricardo Cruz

criação de luz Jochen Pasternacki

Thomas Toutain

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Hamlet
interpretação  
Teatro Nacional S. João / Teatro Nacional D. Maria II / Teatro Viriato 2002 

Fruto de um aturado processo de “hermenêutica dramatúrgica” realizado pelo encenador e pelo tradutor António M. Feijó, a encenação simultaneamente violenta e sensual que Ricardo Pais propõe de Hamlet – irresolúvel enigma ou quebra-cabeças da nossa cultura – faz da loucura fingida do herói, dos solilóquios e da sua existência obsessivamente auto-reflexiva, o lugar propício para exibir e amplificar a fascinação pelo palco e pelos jogos cénicos. Apresentando a peça de Shakespeare como um dos momentos da literatura universal em que o teatro mais pensa sobre si próprio, um notável elenco de actores liderado por João Reis – que aqui reinventa aquela que é talvez a mais analisada e controversa personagem teatral – prescinde da pose meramente declamatória, construindo um espectáculo sobre a condição do actor e o próprio acto da representação.

 

texto William Shakespeare

tradução António M. Feijó

encenação Ricardo Pais 
cenografia e figurinos Nuno Carinhas e Ricardo Pais

coordenação de movimento Paulo Ribeiro

som Francisco Leal

luz Nuno Meira

lutas Miguel Andrade Gomes

voz e elocução Luís Madureira

com João Reis, António Durães, Emília Silvestre, Fernando Moreira, Hugo Torres, Ivo Alexandre,João Castro, Jorge Pinto, Jorge Vasques, Lígia Roque, Nicolau Pais, Nuno Veiga e Rui Baeta

 

co-produção entre o Ensemble, TNDM II, TNSJ, Teatro Viriato - CRAEB e IPAE/ANCA

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Portucalidades
interpretação  
Karnart/ Teatro Viriato/Caldas da Rainha, Viseu 2001-2002

PORTUCALIDADES, projecto de perfinst interventivo sobre a identidade cultural portuguesa e a eminente extinção de alguns valores, desenvolveu-se em três fases ao longo dos anos de 2000, 2001 e 2002. A primeira dessas fases contou com cinco etapas de pesquisa na província (Azoia/Sesimbra, Centro Litoral, Dezembro de 2000; Ovar, Litoral Norte, Janeiro de 2001; Tavira, Leste Algarvio, Fevereiro de 2001; Paredes de Coura, Minho, Fevereiro/Março de 2001; Fundão, Beira Interior, Março de 2001) e um período de apresentações numa casa abandonada anexa à Galeria Zé-Dos-Bois, em Lisboa (PORTUCALIDADES, Abril de 2001); a segunda fase constou de um período de pesquisa em Viseu e de uma apresentação do conjunto das então seis etapas no Teatro Viriato (PORTUCALIDADES II, Setembro de 2001); da terceira fase fez parte uma etapa de pesquisa – em associação com a estrutura Transforma, de Torres Vedras – nas Caldas da Rainha, e uma apresentação do conjunto nos Curros da Praça de Toiros naquela cidade, em Novembro de 2002 (PORTUCALIDADES III). Por sete vezes, portanto, e em blocos de aproximadamente quinze dias, partiu Luís Castro, mentor do projecto, para uma zona do país com um colaborador e um intérprete que só pontualmente se repetiram. Nos locais de pesquisa na província a ordem de trabalhos desenvolveu-se de acordo com o seguinte esquema: A | Semana de Recolha de: A.1. | Objectos específicos da zona para instalação ou composição cenográfica (peças de artesanato e/ou materiais naturais locais) a cargo de Luís Castro; A.2. | Sons, elementos plásticos, fotografia, vídeo/super8, figurinos ou pintura, a cargo do colaborador convidado (respectivamente, e na Azóia, Razguzz, criador de som; em Ovar, Velez, artista plástico; em Tavira, Maria Campos, fotógrafa; em Paredes de Coura, Paulo Abreu, cineasta; no Fundão, Fernanda Ramos, figurinista; em Viseu, Ivo Moreira, pintor; nas Caldas da Rainha, Reinaldo Rodrigues, fotógrafo); A.3. | Características humanas da população local, pelo actor/performer (na mesma ordem de locais: Maria João Neves, Pedro David, João Vaz, Dora Bernardo, Bibi Perestrelo, Nuno Veiga e Ana Ferreira, Marco Patrocínio); B. | Semana de Entrosamento e ligação do material recolhido pelos três participantes (criador, colaborador e intérprete), em ensaios regulares; C. | Dia de apresentação pública piloto, gratuita, para as populações locais; esboço já consistente de cada um dos solos/monólogos que viriam depois a ser aperfeiçoados e integrados com os seus congéneres nos espectáculos finais, os quais tiveram lugar respectivamente em Lisboa, Viseu e Caldas da Rainha.

concepção e direcção Luís Castro

colaboração plástica Velez

som Razguzz

imagem (vídeo e super 8) Paulo Abreu

figurinos Fernanda Ramos

grafismo Tó Trips

fotografias Tavira e Lisboa Maria Campos

fotografias Caldas da Rainha Reinaldo Rodrigues

movimento Viseu Miguel Pereira

pintura Viseu Ivo Moreira

interpretação Maria João Neves, Pedro David, João Vaz, Dora Bernardo, Bibi Perestrelo, Ana Ferreira, Nuno Veiga, Marco Patrocínio

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